O número de desempregados abrangidos pelo subsídio de desemprego subiu, em dezembro, pelo terceiro mês consecutivo, mas o valor médio que cada um recebe caiu para 478,09 euros. É preciso recuar até agosto de 2010 para encontrar um valor tão baixo.
No final de 2013, as várias modalidades de subsídio de desemprego (inicial, social e prolongamento) chegavam a 375 057 pessoas. Apesar da subida mensal observada, em termos homólogos verifica-se uma diminuição de 23 685 pessoas.
Os beneficiários de subsídio de desemprego não foram os únicos cujo universo encolheu face a 2012. De acordo com os dados da Segurança Social, também o número de pessoas com abono de família, rendimento social de inserção (RSI) e complemento social para idosos (CSI)diminuiu.
Esta tendência de quebra apenas é contrariada nas baixas por doença e reformas por velhice, mas as subidas aqui registadas não evitaram que entre dezembro de 2012 e o mesmo mês de 2013, o universo de pessoas abrangidas por prestações da segurança social (sendo que algumas recebem mais do que uma) tivesse caído de 4,214 milhões para 4,131 milhões, uma descida de 83 mil beneficiários.
Esta redução reflete o aperto de critérios de atribuição de algumas prestações e o combate à fraude que tem sido conseguido através dos novos procedimentos que foram introduzidos no sistema de informação da Segurança Social e que atualmente permitem uma atualização automática e revisão dos dados da real situação dos beneficiários.
“Neste momento, existe uma maior capacidade de revisão dos dados inscritos no sistema, através da limpeza de ficheiros, nunca realizada até agora” referiu ao Dinheiro Vivo fonte da Segurança Social. Uma das prestações em que esta atualização de dados permitiu detetar várias situações irregulares foi no CSI.
Em queda há já três meses consecutivos está o valor médio pago aos desempregados que recebem subsídio, sendo que os 478,09 euros agora registados traduzem uma quebra de 9 euros face a outubro e de 11 face a dezembro de 2012. Estas variações estão relacionadas com o salário que os desempregados recebiam quando estavam ativos e mudanças de regras no subsídio de desemprego, nomeadamente o corte de 10% ao fim de seis meses.
Os dados mostram que apenas em Lisboa e Setúbal os desempregados recebem mais de 500 euros, estando todos os outros abaixo da média. Lisboa volta a destacar-se no universo de beneficiários (com 74,67 mil), mas é no Porto que este é mais volumoso: 80,08 mil pessoas. E o pior é que 55% dos desempregados não recebe subsídio
fonte:http://www.dinheirovivo.pt/E