Custo do trabalho subiu 1,1% no terceiro trimestre
O Índice de Custo do Trabalho (ICT) aumentou 1,1% no terceiro trimestre deste ano, face ao trimestre homólogo de 2011, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE). No trimestre anterior, tinha havido uma queda de 4%.
O INE, que divulga pela primeira vez dados relativos a toda a economia (com exceção da agricultura e pesca), incluindo a Administração Pública, conclui que a subida resultou do acréscimo de 0,3% no custo médio por trabalhador e do decréscimo do número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador (0,6%).
O ICT é um indicador que mede a evolução dos custos do trabalho por hora efetivamente trabalhada (custo
médio horário), na perspetiva do empregador. Estes custos compreendem, para além das remunerações diretas (salários base), os custos com os benefícios dos trabalhadores e demais encargos suportados pelo empregador (prémios e subsídios, pagamentos por trabalho extraordinário, indemnizações por despedimento, entre outros).
O acréscimo do ICT foi observado para a maioria das atividades económicas, com oito delas a subirem mais do que a média global (1,1%): Indústrias extrativas (8,5%), Construção (6,4%), Eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio (4,2%), Comércio por grosso e a retalho (2,7%), Captação, tratamento e distribuição de água, saneamento, gestão de resíduos e despoluição (2,2%), Atividades financeiras e de seguros (1,9%), Educação (1,4%) e Atividades de saúde humana e apoio social (1,2%).
Decréscimos só nas Indústrias transformadoras (0,3%), Alojamento e restauração (0,4%), Transportes e armazenagem (2,2%) e Administração pública, defesa e segurança social obrigatória (3,4%).
O ICT subiu em todas as regiões do país. A subida média foi de 2%, mas Centro (6,2%), Região Autónoma dos Açores (2,5%), Região Autónoma da Madeira (2,4%), Lisboa (2,2%) e Algarve (2,1%) registaram subidas acima da média.
Por grupos profissionais, cinco num total de nove registaram um aumento. Os grupos de Pessoal administrativo (4%), Especialistas das atividades intelectuais e científicas (3,6%) e Dirigentes, diretores e gestores executivos (3,2%) apresentaram as maiores subidas.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/e